Olha só, está fazendo o maior frio, por que você não vem pra cá ficar comigo? É o que eu queria te dizer quando te ligasse mais tarde. Eu sei que você esta ai, sem fazer nada, sozinho, esperando que alguma coisa mude seu final do dia. Deixa eu te contar uma coisa: eu também estou assim. E sinto te dizer, mas não vai acontecer mais nada hoje. A lua já brilha lá no céu e quem já não tinha alguma coisa marcada, dificilmente encontrará alguma coisa legal pra fazer agora. Então pensei assim: você está ai sem fazer nada, eu estou aqui na mesma situação... Por que não fazemos nada juntos? Poderia ser divertido, não é? Ficar sozinho é bom às vezes, mas esse frio ta pedindo uma companhia. E a única companhia que eu queria agora era a sua. E ai, pode ser ou ta difícil? Sabe, meus dedos estão quase congelando e eu adoraria que você viesse aqui para aquece-los entre os seus. Adoraria também se você resolvesse me aquecer toda com um abraço todo bom que só você tem. O telefone acabou de tocar e bem que podia ser você. Me diz, qual a distância entre você e o seu celular? Será que ela é tão grande que te impede de me ligar? Eu me contentaria se você decidisse aquecer só meus ouvidos conversando durante algumas horas comigo. Eu também poderia te ligar agora, né? Mas e você, ta ai esperando que eu te ligue mesmo? Ou está muito bem satisfeito sozinho? Eu não sei. Meu moletom não é suficiente, você entende isso? Sou eu querendo dizer que só você me bastaria. É pedir demais?
sábado, 21 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
Minha mãe teria me avisado...
Já deveria ter percebido a muito tempo a minha tendência em gostar de coisas que me fazem mal (quer dizer, que minha mãe diz que fazem), mas não, só vim perceber isso agora. Minha mãe sempre me disse que fazia mal tomar água depois de comer um doce ou tomar banho frio se estivesse com o sangue ainda quente de ter feito um exercício. Disse também que fazia mal tomar mais de um remédio em um curto período de tempo e que ouvir música com o fone muito alto me deixaria surda um dia. Ela disse que comer bolo quente me faria passar mal e que se eu dormisse de cabelo molhado ou tomasse um sorvete de noite, eu acabaria pegando uma boa gripe. Assim como se revoltava comigo quando eu decidia não abrir o guarda-chuva com um maior pé d’agua caindo.
Mas eu sempre acabo fazendo tudo que ela diz que é ruim. Mesmo sem ela saber. Adoro tomar água depois de me entupir de tanto doce e adoro mais ainda tomar banho gelado. Amo de paixão ouvir musica alta e sempre invento uma dor pra acabar tomando um dorflex aqui e uma aspirina ali. Incrível como o sorvete parece mais gostoso quando já ta de noite (incrível mesmo é como tudo parece melhor à noite) e tomar banho de chuva é maravilhoso! A chuva é maravilhosa. E quando ela cai à noite então... De qualquer maneira, tudo que “me faz mal” acaba me atraindo. E é uma sensação maravilhosa na hora do ato, mesmo sabendo que posso me arrepender depois. Porque praga de mãe sempre pega.
E por gostar tanto do que me faz mal, eu acabei gostando de você. Sabe, foi bom no inicio, foi ótimo, maravilhoso, assim como é bom tomar banho de chuva. Juro que tive a sensação de que aquilo fosse eterno. Mas agora não é tão bom assim, acabou, e de eterno só sobraram as lembranças. Por que é como se eu estivesse doente. Pegasse um resfriado. Só que nem por isso eu deixei de te amar e nem de amar a chuva. E, apesar de minha mãe nem saber da sua existência, eu aposto que se ela soubesse, ela diria que não, me faria mal, era errado continuar gostando tanto assim. E é por isso que eu gosto de você, do banho gelado, de sorvete de noite e da chuva escondido pra minha mãe nem ninguém descobrir. E gosto mais ainda por que é errado gostar. É um segredo meu comigo mesma. Uma mania estúpida de gostar tão fácil de tudo que não me faz bem.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
A arte de ser só mais uma música velha
Uma noite dessas que demorei muito pra dormir, fiquei pensando, enquanto fritava de um lado pro outro da cama, que talvez seja psicológico tudo isso que sinto por você. Talvez seja tudo coisa da minha cabeça que não tem mais nada pra fazer então resolveu se encher de você. O resultado disso é que tudo que eu penso é sobre você, falo esperando que você me ouça, escrevo esperando que você me leia e vivo esperando que você me veja. Comecei a pensar que tudo isso não é culpa do meu coração, uma vez que ele só segue ordens do meu cérebro, que ordena que te ame esperando que você me ame de volta. Esse problema todo que eu criei pra você não existe. Na verdade, talvez o meu problema seja a falta de problemas. Talvez se eu tivesse alguma coisa maior pra me preocupar, eu nem lembraria da sua existência. O que é triste pra você. Aí eu me pergunto, porque então é tão difícil ocupar minha mente com outras coisas? Por que tudo, absolutamente tudo me leva a você. O que é triste pra mim.
Sabe o que eu acho mesmo? Que eu só esteja esperando outro alguém aparecer pra eu conseguir te esquecer. Quando esse alguém aparecer você vai virar cinza. Vai se tornar só mais um. E eu não vou querer mais nada de você. Não vou querer que você me ouça, me veja, me leia, me espere e, muito menos, me ame. Você não vai significar mais nada, será como uma música velha sabe? Quando você a escuta novamente, depois de tempos, você acha legal. Você lembra de como era bom quando a escutava todos os dias e de como ela grudou na sua cabeça, lembra de como ela se tornou sua música favorita durante um bom tempo. Ai, logo depois, você lembra de quando acabou enjoando e parando de ouvi-la aos pouquinhos, de como ela se tornou chata até que você acabou a esquecendo. Tudo por que você descobriu uma música nova, que combina mais contigo, te traz uma sensação melhor etc.
Então você vai se tornar só mais uma música velha perdida na minha lista e vez ou outra, quando o player no aleatório te escolher pra tocar, eu vou lembrar exatamente da letra, mas você não vai significar mais nada. Por que é assim, não importa quanto tempo você deixe de ouvir uma música, você sempre vai lembrar de pelo menos o refrão. É inevitável. A única diferença é que, dessa vez, você não vai colocar pra repetir quando ela acabar.
Então você vai se tornar só mais uma música velha perdida na minha lista e vez ou outra, quando o player no aleatório te escolher pra tocar, eu vou lembrar exatamente da letra, mas você não vai significar mais nada. Por que é assim, não importa quanto tempo você deixe de ouvir uma música, você sempre vai lembrar de pelo menos o refrão. É inevitável. A única diferença é que, dessa vez, você não vai colocar pra repetir quando ela acabar.
terça-feira, 3 de maio de 2011
A gente se encontra no meio do caminho
É sempre assim, eu luto durante dias querendo provar para mim mesma que se você seguiu em frente, não tem lógica eu ficar parada esperando você voltar. Fico me lembrando a cada segundo, logo depois de pensar em você, que eu tenho que te esquecer e que existem outros garotos por ai que valem realmente a pena se apaixonar. Logo você, que fez tanta questão de ser mais um, fez questão de deixar passar esse amor, por que mesmo eu ainda insisto tanto em gostar de ti? Já que é pra ser só mais um, no meio de tantos, ótimo. Que venha o próximo. É ruim pensar assim, mas é necessário. Então eu trato de guardar tudo o que eu sinto relacionado a você. Evito ouvir seu nome, evito te ver ou saber qualquer coisa sobre você. E assim eu vou seguindo, passo dias tentando finalmente te esquecer. E quer saber? Eu quase consigo. Quase. Toda vez que começo a pensar em sair novamente, conhecer pessoas novas e, quem sabe, até me apaixonar novamente, você aparece.
Basta um “oi” e pronto. Adeus pessoas novas e futura paixão. Fica pra próxima. Por que eu e minha mania de transformar coisas bestas em algo totalmente grandioso e bem distante do que realmente é, fazemos o favor de ressuscitar tudo que eu matei durante dias de luta. Incrível minha capacidade de criar esperanças com uma só palavra sua. E ai vai tudo pelo ralo, eu desisto de te esquecer e a esperança dentro de mim ganha forças. Imagino o que tem por trás daquilo que você diz, mesmo que você não diga nada e mesmo que não tenha nada subentendido. É a arte de se auto iludir com coisas mínimas que eu domino como ninguém.
E contrariando todas as lógicas, você volta. Não importa o tamanho da tristeza que sua ida e ausência me proporcionem, você sempre volta pra me lembrar que eu ainda posso ser feliz mesmo com esse restinho de você que ainda sobrevive dentro de mim. O problema vem depois. Por que você nunca fica muito tempo e as minhas ilusões, que são sempre a longo prazo, nunca se concretizam. E você me deixa sozinha novamente, entro em abstinência e sofro, sofro como ninguém. Até que resolvo deixar tudo isso pra trás, seguir em frente, conhecer gente nova. E o que acontece? Eu sempre me esbarro com você voltando no meio do caminho.
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